miércoles, 11 de febrero de 2009

"Dômo", "Dôzo"

De leituras, já conheciamos a tolerància e benevolència inesgotáveis do japones para com os bebados e os pobres de espirito. Tudo lhes e relevado. Sao aceitos ajudados. Natural-mente. Sem manifestaçao dc do, sem desprezo, sem comiseração, sem impacència. Com solicitude e até ternura — parece — para com esses que viajam pelas altas planuras...

Na Ginza, noite alta, um executivo, com sen impecavel uniforme de banqueiro, dispara pela calcada emitindo urros de guerra de samurai, seguido solicitamente por mais tres "banqueiros". sua guarda tutelar. Numa boate assistimos a operação de traslado de uma fieira de bebados, carinhosamente comboiados para os elevadores.

Levamos contudo algum tempo para compreender, mais que a paciência, a atenção afeuosa com que, naquiela terra onde não se para para nada e nao se perde um minuto, nossos dois acompanhantes japoneses se detiveram por interminaveis minutos para ouvir e obedecer as sugestoes de um fotografo ambulante que se intitulava "embaixador dos estrangeiros no Japão", exibia suas credenciais, ditava instruçoes, punha-nos de prontidão e tirava postais que... nos enviaria pelo correio. Pagamos, ou antes, nossos acompanhantes pagaram. E as fotos chegaram!
No Brasil ele nao passaria, o mais das vezes, de um "vigarista importuno". No Japão, era um "pobre dos deuses". usan do sua inofensiva Ioucura para ganhar a vida honestamente.
"— Dômo!" — Com licença?* "— Dôzo." — Sim, por favor.

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